Num Bate-e-Volta...

Cheguei a uma Sampa indecisa entre frio e calor e bem na hora do almoço no dia 21 de Setembro de 2016. Foi ir até o hotel pra deixar a bagagem que incluía guitarra e minipedalboard, tomar um bom banho, comer algo no caminho e rumar para a feira! Budget apertado, resolvi apelar para a dobradinha Metrô/Serviço de Translado oferecido pela própria Expomusic próximo ao Terminal Rodoviário Tietê. Apesar da demora esperada logo cheguei ao novo local da feira: o Centro de Convenções do Ahembi.



Quando conheci a marca Deep Trip, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a aparência moderna/retrô. Na verdade eu só conhecia o BOG (uma alusão ao acrônimo de "Band of Gipsies" do Hendrix). Conversar com uma pessoa como o Du Menegozo é um privilégio, pois é uma pessoa simples, amável, inteligente e generosa. Na verdade conversamos tanto que eu perdi a noção do tempo, que nessa minha viagem de bate-e-volta foi escasso. Mas não poderia de jeito nenhum dizer que foi tempo desperdiçado, muito pelo contrário! De certa forma ele confirmou algumas ideias que eu tinha sobre sua maneira de criar, de realmente procurar entregar algo que as pessoas estão querendo, mesmo que elas mesmas não saibam disso... Sua estratégia de já sair com uma frente agressiva em relação ao mercado externo é outro ponto positivíssimo a meu ver!

Se eu ainda não estivesse tão atolado nos meus próprios Fuzzes, já teria comprado um dos da Deep Trip pra enfiar no pedalboard. Mas calma, tudo a seu tempo! De cara o que deu pra perceber é que ele teve uma grande sacada, muito mais importante e interessante que a própria estética do pedal: produzir versões de Fuzzes (que já estão com certa hype no mercado atual) e oferecer os timbres e as possibilidades tão desejados dos originais vintage sem os problemas associados a esse tipo de efeito! Ou seja, numa tacada ele acerta o pessoal que já usa Fuzz, mas tem que se sujeitar a algumas "manhas" desse tipo de efeito, e ainda captura os que nem usavam Fuzz, dada a flexibilidade dos pedais o que faz com que eles também possam ser usados como distorções menos "cabeludas". Além da boa sonoridade e construção mais que decente, incluindo TrueBypass mecânico, ele ainda melhora objetivamente o pedal de Fuzz em três direções:

2 - Com a maior flexibilidade de controles fica muito mais fácil usar o pedal com diferentes guitarras e captadores.
3 - Diminui tremendamente, ou mesmo elimina problemas de inconsistência, como dependência de transistores "benzidos" e raros, e variação de funcionamento de acordo com as condições climáticas locais...rs.
Eu fiquei muito impressionado com o que ouvi e, se não acham minha palavra suficiente, ouçam as reviews do australiano Brett Kingman (de quem eu gosto bastante) ou o que diz o próprio Scott Holiday da banda californiana Rival Sons.
Na segunda parte sobre a Expomusic 2016 eu voltarei a falar da Deep Trip e dos outros Avengers também!
Ao voltar ao stand da Revista Backstage já encontro os queridões José Barci e Gustavo Victorino. Gustavo mal chega e é carregado para outros cantos da feira por vários expositores ávidos por ter sua opinião em suas novidades! E logo eu e o Barci (que é o responsável por eu ter me viciado na Expomusic, pois é um dos excelentes amigos que tenho em SP, além de ótimo músico e chef cinco estrelas!) já seguimos pela feira adentro.
E de cara nos encontramos com o caríssimo baixista Pedro Wood da Wood Instrumentos Musicais Ltda que é também nosso colega na ABC (Associação dos Baixistas Cervejeiros) lá do Rio! Ele sem nem pestanejar nos chama a conhecer alguns instrumentos preciosos da Clave de Fá. Um deles essa obra de arte da Ritter Um instrumento no mínimo impressionante pelo design, acabamento e madeiras utilizadas.
De lá nós três fomos direto pro stand da Tagima. Impressionante é o mínimo que se pode dizer da apresentação dele! E também em termos de tamanho! A foto ao lado já dá a ideia da agressividade, no bom sentido, do stand da empresa com esse trono de guitarras ao estilo GoT! Eu estava ansioso pra conhecer os novos modelos que tinham um certo visual que lembra a linha também moderno/retrô de marcas de boutique que estão em alta no mercado internacional como a Fano e a Duesenberg. Além dos modelos que já conhecíamos pudemos ver os tais novos modelos de linha e , pelo que entendi, fabricados no Brasil. Divididos basicamente em duas linhas: JetBlues e Seattle!

A linha JetBlues é mais "Fano Like". Eu fiquei com aquela desconfiança de após já ter curtido o design e o acabamento dessas guitarras por fotos e videos, chegar ao vivo me decepcionar com a qualidade real. Felizmente foi exatamente o contrário! Ao menos os modelos expostos eram muito bem feitos, bonitos e com tocabilidade e ressonância excelentes. A parte triste é que no andar de cima do stand da Tagima, onde se podia testar os instrumentos, não descia ninguém e assim, mesmo depois de esperarmos um bom tempo, não foi possível ligarmos as guitarras. E eu estava também interessado em ouvir inclusive o som dos captadores que as acompanham, pois a única informação era de que as barras magnéticas eram de Alnico (não informaram qual...).
Site/Forum Handmades: http://www.handmades.com.br/
Pedrone Amplificadores: http://www.pedroneshop.com/
Deep Trip Pedals: http://deeptripland.com/
Guitartech Pedalboards: http://www.guitartech.com.br/
Wood Instrumentos Musicais Ltda: https://www.facebook.com/woodguitars
Tagima Instrumentos Musicais: http://www.tagima.com.br/
Organização Expomusic 2016: http://www.expomusic.com.br/2016/