Gibson Les Paul Studio '91
Essa foi a única Les Paul que mantive comigo depois de todos esses anos! Ela é uma Studio de 1991, cor Wine Red. Ela veio pras minhas mãos já bem usada, porém totalmente stock, já me encantando do jeitinho que era. Eu devo ao meu irmão Sidnei Vaz da GoldTop essa aquisição, pois ele faciitou muito essa possibilidade! Uma coisa que já chama a atenção nas LPs Studio ( desse lote ao menos.. ) é a escala de ébano ( ebony ) em vez da habitual jacarandá ( rosewood ) e o hardware dourado ( do qual não sou muito fã, mas parece combinar bem com a pintura vermelha escura.. ) Obviamente o corpo e o braço são de mogno ( mahogany ), mas não daquele mogno super leve que eram empregados em Les Pauls nos anos '50s & '60s, essa guitarra não é nada leve, porém nem absurdamente pesada, se comparada a outras LPs mais modernas. Até onde sei, nesse período entre 1981 e 2006 a Gibson usava aquele padrão de nove furos/cavidades no corpo para alívio de peso. Os pickups eram os originais de fábrica, os conhecidos 490R no braço e 498T na ponte. A guitarra já soava bem com eles, mas nessa onda mais moderna de mais ganho, menos estalada e com mais nasalidade...
Eis que começaram as modificações... Primeiro o hardware: a ponte original foi trocada por uma Faber ABR-1 com os postes adaptadores para LPs modernas. O cordal ( stop-tail ) foi trocado por um GOTOH de liga de alumínio. Depois os pickups foram substituídos por um Seymour Duncan Seth Lover no braço e por um Lollar Imperial Low Wind na ponte. Para mim, depois dessas mods, a guitarra ficou "na medida", já que sou mais chegado a uma Stratocaster da vida. O pickup do braço tem uma mordida e uma abertura bem legais, é bem o que se espera de um PAF. Já o pickup da ponte não é tão na onda de um PAF, é mais na onda daquele som "esponjoso" de humbucker. Essa LP realmente é uma guitarra impressionantemente fácil de se tocar, exige muito menos esforço, timbra maravilhosamente bem e tem um sustain "indecente"! Assim acabou sendo a escolha recente para fazer duas faixas no novo disco do duo Deodorina! Eu havia montado um set de pedais para gravar em linha e queria um timbre de distorção potente, muito encorpado e brilhante. Eu comecei usando minha Strat Road Worn 50's. Ficou ótimo! Porém eu fiquei com vonade de ter mais sustain e não quis apelar pra Fernandes Sustainer. Acabou sobrando pra LP mesmo...rs.
A pedalboard montada já conteria o meu MOOER GE-200 com meus IRs preferidos pra gravarmos direto em linha, sem amplificador. Dessa forma achei que a Strat não renderia tanto quanto sem usar um amp alto o suficiente pra rolar um feedback e enriquecer o sustain. Por outro lado, realizar essa gravação em linha facilitaria muito todo o processo no home-studio Deodorínico. Poderíamos ouvir tranquilamente o que já estava pré-gravado junto com a guitarra a ser gravada.
Eu preparei dois timbres distintos, mas nem tão distantes em intenção sonora. Um foi usando o pedal IRON BELL da MojoHand, que é uma espécie Big Muff extremamente versátil. Pensei em usar o Muff Saur da DEEP TRIP por também ter esse DNA de Big Muff e ser bem versátil, e talvez o use na próxima gravação... O outro timbre foi com o combo 805 da Seymour Duncan saturando um TUBE PILOT da TC Electronics. É um som matador, mas que requer um pouco de equalização pra não ficar ardido demais....O delay usado para ambos os timbres foi da própria MOOER GE-200, uma simulação de Tape Echo. O reverber de ambiência também da GE-200. Gravamos as duas faixas fazendo alguns takes improvisados e cada uma com um dos timbres preparados.