segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Sexy Mods 1

 Caline Puffer Fuzz

Começando o que eu considero uma boa experiência com pedais de custo baixo ou mediano, mas que ainda não agradaram tanto assim, poder fazer pequenas mudanças físicas com profundos resultados sonoros! Por outro lado, é bom avisar que, para fazer alterações num circuito, por mais simples que sejam, é necessário se ter alguma familiaridade com interpretação de circuitos eletrônicos, com o processo de soldagem em placa de circuito impresso ou mesmo de componentes fora dela. Se a pessoa sentir-se insegura, melhor entregar para um profissional experiente e pedir que siga as instruções.

Peguei muito recentemente e por preço baixíssimo esse pedal feito na China pela Caline.A construção é bem boa, mas a sonoridade não tem muita personalidade, tanto em 9v como em 18v... Daí que fui procurar pela web alguns comentário sobre modificações do circuito. No DIYstompboxes.com encontrei o seguinte tópico https://www.freestompboxes.org/viewtopic.php?t=28673 

Acabei, por algumas experiências individuais em cima das mods propostas no tópico, chegando a estas modificações:


Do lado esquerdo da figura está o circuito original do Puffer Fuzz, do direito já é o circuito com as modificações. O que está em vermelho  são as próprias modificações. No caso do meu pedal especificamente, ele não veio com o resistor Rx! Mas parece que os mais novos tem esse resistor que parece limitar a posição de ganho máximo. O timbre tornou-se mais clássico e cheio, o controle TONE passou a ter uma atuação mais interessante, adaptando o pedal a guitarras com captações de diferentes níveis de sinal. Perdeu o efeito de gated fuzz, que nesse pedal não tinha muita expressão, na miha opinião!

Logo mais gravarei um áudio para terem ideia do resultado sonoro!


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Setups Reduzidos 4 - Armando um som com o SexP

Pequeno o set era, porém com a requerida singularidade...





Numa aventura em São Paulo, dia 21 de Junho de 2019, reunindo músicos que admiro e gosto muito, pude testar um setup bem pequeno, porém surpreendentemente poderoso. Estava aproveitando uma viagem relacionada ao meu dayjob e tive que reduzir ao máximo meu setup...



Eu pude contar com meus queridos e talentosos colegas: Giuseppe Lenti na guitarra, Paulo Bira no baixo e Giovanni Lenti na bateria. A gig foi toda gravada no Orra Meu Estúdios na Capital paulista pelo excelente Gustavo Barcellos

Sem planos, apenas improvisação num clima de composição espontânea, nos entregamos totalmente a essa imersão musical. 
O estúdio é excelente e nos propusemos a gravar dentro da técnica, estando apenas a batera em sala separada. Não é o que normalmente gosto de fazer, mas valia a experimentação neste caso específico! 

Havia um número absurdo de amps, pedais e instrumentos vintage no estúdio. Assim pudemos escolher entre amps fantásticos. Eu fiquei com um Marshall Plexi de tirar o fôlego, os heads na técnicas e os cabinets microfonados num ambiente separado!

Fernandes Strat Copy w/ Sustainer



É a primeira vez que uso essa cópia de Strat da FERNANDES numa gig. Devo admitir que fiquei impressionado... É a primeira guitarra que possuo da marca e na qual experimentei um Seymour Duncan Little 59 na posição da ponte. (Admito que fiquei impressionado com a Strat modelo assinatura do Ed O'brien do RADIOHEAD...) A sonoridade me empolgou bastante até! Mas a cereja do bolo foi mesmo o sistema proprietário de sustentação infinita SUSTAINER , mesmo sendo de uma geração bem ultrapassada, o resultado é surpreendente! Esta guitarra ainda precisa de alguns ajustes, mas já é bem usável e apresentou um resultado inspirador. Como estou acostumado a conseguir sustentação infinita dependente da estrutura de ganho dos pedais de drive e fuzz, mais um certo volume do amp e a proximidade do falante, a ideia de gravar numa outra sala isolado do falante, mesmo com a monitoração nas caixas da técnica bem alta, me intimidou pela ideia de não conseguir ter esse de feedback acústico que eu estava acostumado, isso realmente parecia uma possibilidade. Bem... com a facilidade gerada pelo sistema de Sustainer da guitarra não senti a menor falta felizmente...rs!

Pedalboard



A mini pedalboard da MOOER estava lá, dividida entre "nanos & bigger pedals". Começando pelo Digitech Whammy V que tenho usado direto, um vício praticamente, tive a tranquilidade de nem precisar levá-lo, pois o Gustavo, técnico do estúdio já tinha me disponibilizado a unidade do estúdio, dentre outros tantos pedais da coleção do Orra Meu Estudios. Interessante foi verificar, como se pode ver pelas fotos, o Digitech Whammy é o pedal comum às três pedaleiras!!! Realmente a possibilidade de aumentar a extensão da escala do instrumento, além dos evidentes efeitos especiais possíveis, é tentador.
Em seguida, já dentro da mini-pedalboard encontramos um Ibanez Mini-Screamer, seguido de um barato, obscuro e interessantíssimo Fuzz da MightySound M3 FUZZ. Esse é um pedal de fuzz bem diferente e inesperado de se encontrar numa linha de mini-pedais feitos na China e, como diz o label, projetado nos EUA. Ele tem um controle de Blend pra misturar o som processado com o original e um controle de timbre que mais parece um outro blend, só que entre dois fuzzes diferentes e não apenas um controle de equalização ou filtro. Depois dele o EHX Ring Thing (ligado ao Expression Pedal da BOSS) do qual usei três presets que criei, sendo um uma espécie de Double Track, um Pitch Shifter fixo de uma quinta acima e outro de Ring Modulation. Passando pelo "pau-pra-toda-obra" ZOOM MS-100bt com presets de Delays, Reverbers, efeitos especiais e Leslie. Por fim um outro pedal chinês barato e ótimo: o ammoon POCKECHO, delay modeler and looper. Ele foi usado como looping device, prático e funcional!




Ainda estamos esperando uma brecha na agenda comum de todos para voltarmos ao Orra Meu Estúdios e mixar o resultado desse encontro. Por enquanto vão esse dois vídeos com um mix pra lá de safado só pra dar uma ideia da coisa.