quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Setups de Palco e/ou Gravação #4B

 Os Tiozin & Convidados em Petrópolis!


Aqui vai uma postagem sobre o primeiro show d'Os Tiozin & Convidados no Teatro Afonso Arinos em Petrópolis. Como integrante da banda preciso declarar que foi uma grande alegria e de certa forma um desafio fazer esse show. A empresa que fez o P.A. e o palco foi a ANIMASOM - Maurilio e Eder mandando super bem, aquele abraço de agradecimento! Essa foi uma das ajudas mais valiosas nessa nova aventura, pois eles chegaram juntos em cada dificuldade operacional da banda. Por mais que tivéssemos longa experiência individual pelos palcos da vida, para essa formação específica estávamos acostumados apenas com pequenos espaços, sempre em volumes relativamente baixos, quase como num grupo acústico. Para cada um a monitoração de palco e a briga com o som retornando do fundo do teatro representava uma sonoridade nova e menos focada numa primeira percepção. E olha que foi num teatro de 140 çugares, imagine um bem maior... É engraçado, éramos a mesma banda, porém não nos sentíamos assim, nós nos ouvíamos de forma diferente da que estávamos acostumados. Assim ajustes foram feitos de ambas as partes, do pessoal do áudio e da banda e creio que chegamos a um acordo final excelente. De quebra o pessoal do áudio gravou e nos cedeu as gravações do show em pistas separadas. Muitas palmas para a ANIMASOM!!! 

Nossos agradecimentos também à produtora ROCIO - Carol Pitzer e Victor Fugita - e à iluminação de Renier Bittencourt!


Eu usei basicamente o mesmo set do post anterior, já com a atualização, trocando o ZOOM Power Drive por um MOOER BluesCrab. Porém, como fiz uma mudança no uso do BOSS SY-1, pedal de guitarra-synth, nem levei o pedal de expressão EV-5 da Roland. O amp usado foi o meu pequenino VOX Pathfinder 15r microfonado com o padrão da indústris SHURE SM-57. Incrível como esse amp tem sido ok nessa gigi d'Os Tiozin. Ele é leve, relativamente pequeno, tem a potência suficiente pra encarar esse híbrido eletrônico dessa banda e normalmente não apresenta problemas.

A guitarrinha é a mesma Steinberger Spirit HSH com captação do Eduardo Fullertone, de quem sou fã, um Nashville 63 no braço & Eruption 78 na ponte ( humbuckers ) e Lace Sensor Gold ( formato single ) no meio. Cordas Double Ball End da LaBella. Essa guitarra foi uma saída incrivel em termos de tamanho e peso, além de soar muito bem e ter um sustain decente. Ainda preciso cavar mais um pouco pra ter mais sonoridades diversas dela e espero com o tempo conseguir isso. Na verdade eu só recentemente venho me sentindo mais em casa com captadores humbuckers ao vivo, principalmente parar criar diversos timbres para músicas tão distintas como nessa gig. O timbre é o resultado do jeito de usar a guitarra somado aos elementos elétricos e eletrônicos. Também levei uma outra guitarra como spare, uma Epiphone SG que eu adoro, mas felizmente nem precisei usar.


Tacito usou o mesmo baixo, um Ibanez Japonês bem legal modelo SDGR de eletrônica ativa com a a captação substituída por EMG J-set. Já o amp foi cedido pela ANIMASOM - um FENDER Rumble 100. O som foi captado direto do baixo com DI Box. A presença do amp no palco fez toda a diferença, tanto para o próprio Tacito como para o resto da banda. Assim ficamos um pouquinho mais próximos da nossa zona de conforto sonora. Era possível ouvir o baixo pelas caixas de monitoração frontal, mas a profundidade de graves do baixo no amp, mesmo com volume moderado, nos deu uma vibe muito mais legal pra banda funcionar. Pra quem não sabe, Tacito é um guitarrista excelente, mas não é menos excelente no baixo, criando uma amálgama rítmica com o Makaiba que eu simplesmente adoro!


Makaiba com seu inseparável Roland SPD-S e suas baquetas teve seu som enviado pronto em linha por L & R por duas DI Boxes pro PA. Talvez esse seja um ponto que a todos fez grande diferença: a monitoração de palco foi feita apenas pelos retornos frontais, e dada a falta de proximidade dos integrantes da banda ( na verdade estávamos acostumados a tocar apertados um em cima do outro...rs ) criou um novo cenário sonoro para nós! Com o tempo fomos nos acostumando e ajustando tudo para chegarmos ao tal comum acordo! Diferentemente do baixo, que teve seu próprio amp no palco, sentimos a falta de um certo punch de graves ao qual estávamos acostumados... Temos que pensar nisso, alguma alternativa como um side filll, ou simplesmente aprendermos a lidar com essa realidade.



Aldo e seu inseparável companheiro espanhol de seis cordas de nylon - um Amalio Burguet com captação de altíssimo nível da LR Baggs. Dessa vez também manteve o violão direto na linha através de uma DI Box. Sem os efeitos como as vezes temos colocado em gravações e experimentando em ensaios.  No caso do violão e da voz ( captada pelo outro padrão da indústria - um SHURE SM58 ) os monitores frontais foram muito suficientes. Acho que foi a passagem mais rápida de todas, Ele é o coração da gig, seu violão, além das harmonias espertas, a rítmica é campeã. Além disso ele é o "artista" da parada, criando uma ligação muito boa com o público. O mesmo microfone usado por ele foi usado por nossos ótimos convidados: o poeta Sylvio Costa Filho ( que recitou de maneira divertida um poema ) e do cantor/compositor Luiz de Oliveira ( que cantou o samba Preconceito conosco ).




Nosso outro convidado usou um setup à parte: o violinista André Henriquez. 

O violino que usou é um ZETA EV214, violino elétrico de corpo sólido já fora de linha há bastante tempo, segundo ele.

Os pedais usados foram um ROWIN DAP-3 para Modulações, Reverber e Delay e um Caline PreAmp e DI Box para Violão de Aço com saída XLR. Pedais chineses que tem ótima sonoridade, se bem ajustados, claro!

Ele extrai excelentes sonoridades na minha modesta opinião! Que não é isenta, pois sou amigo e fã do cara!
Seguem algumas fotos dos pedais e do seu setup.