Desafiando a mim mesmo!
Depois de um bom tempo sem tocarmos juntos, eu e alguns amigos fomos convidados a experimentar um espaço de ensaio, estudo e gravação que nosso querido batera João Calmon construiu em seu simpático apartamento na Tijuca - O UnderBase!
Além do ótimo João Calmon na bateria, também contamos com as brilhantes presenças de Junior Teixeira no baixo e Carlinhos Lamounier no teclado. E ainda usufruímos da calorosa acolhida da família Calmon!
Além do ótimo João Calmon na bateria, também contamos com as brilhantes presenças de Junior Teixeira no baixo e Carlinhos Lamounier no teclado. E ainda usufruímos da calorosa acolhida da família Calmon!
Como de costume aproveito essas jams com amigos e conhecidos para experimentar combinações de equipamentos que ainda não tenha usado ao vivo ou mesmo para gravar.
Como, apesar de fã incondicional, nunca me dispus a fazer algum tipo de cover de Jimmy Hendrix, achei que poderia tentar aproximar algumas sonoridades que o sujeito enfiou em nosso imaginário guitarrístico. para tal contei com o que já tinha comigo e parecia ser mais próximo do que se afirma pelas muitas publicações sobre o que o Seu James usava:
1 - Um amplificador combo da METEORO MGV-7 (que, apesar de no clip eu afirmar ser Classe A, há controvérsias...rs) com falante de 12" RK (BR). É um amp valvulado no pré e no power, com 7 watts, SE, com um canal limpo e outro sujo com ganhos e volumes independentes, porém com o mesmo TONE STACK. Além de um reverber de molas e looping de efeitos com send/return em dois jaques atrás do amp. O amp já vem com footswitch para comutar os canais e ligar/desligar o reverber. Nesse caso específico nem levei o footswitch, pois deixei o reverber numa medida discretíssima para usar o tempo todo e usei apenas o canal sujo no ponto de começar a distorcer, assim podendo controlar essa "quase crunchada" com o VOLUME da guitarra, que aqui faz os dois papéis conjuntamente: volume geral e timbre. E principalmente com os efeitos ligados, pois o Fuzz Face reage de forma incrível aos controles da guitarra e o Vibe da Dano dá um boost como efeito colateral que eu acabei usando a meu favor!
2 - Uma guitarra VINTAGE V6JMH REISSUED Olympia White "Filmore" Com um Grand Quarter da Malagoli na ponte, o Wilkinson single original dela no meio e um Fender Custom Shop 69 no braço. Treble Bleed no VOLUME, apenas um TONE, um pushbutton de Killswitch, bloco de sustain de latão feito por Kevin Curley, string tree Fender American Standard e molas Raw Vintage.
Para diminuir o ruído dos singles instalei um sistema de dummy coil comandado pela chave Push-Push integrada ao potenciômetro de TONE. O potenciômetro de VOLUME foi trocado por um CTS Linear, também de 250k e "low friction" que descobri existir e roda sem esforço, facilitando e muito os volume swells... A interação desses potenciômetros lineares com o Treble Bleed me oferecem tudo o que eu desejo de controle, tanto do timbre geral nas relações de ganho entre guitarra, pedais e amplificador, como de volume, mesmo que mais limitadamente.
A - Um pedal de WahWah Dunlop CryBaby GCB-95 com algumas mods.
B - Um Fuzz Face (MojoFace) homemade com componentes bem semelhantes aos originais.
C - Um pedal da NIG Octave Fuzz
D - Um Danelectro Cool Cat Vibe
E - Um pedal Analog Delay da MOOER.
Detalhes omitidos: Alimentação -> Fonte 1Spot com exceção do Mojo Face Fuzz e CryBayby Wah que usaram baterias de 9 volts da Danelectro.
Abaixo um clip rápido feito no meio da brincadeira pelo João Calmon:
Frias, excelente como sempre, porém desculpe minha ignorância, o que vem a ser "Tone stack?
ResponderExcluirFala, meu amigo!
ExcluirA pergunta é boa, não há razão para se desculpar!
Então o Tone Stack normalmente se refere à parte de um aparelho de áudio que cuide da filtragem e equalização do som. No caso desse combo MGV-7, toda a equalização dos filtros (Agudo, Grave, Médioe & Presence) é compartilhada pelos dois canais, limpo e sujo. Há amplificadores mais simples, por exemplo, que o Tone Stack é representado apenas por um filtro de TONE em que na maioria das vezes é apenas um Passa Baixas, ou seja você só atenua ou não os agudos. Há muitas variações, mas seria uma forma de encarar toda a estrutura de um amplificador de forma modular pra facilitar!
Fala Alex,
ResponderExcluirÓtimo timbre com esse conjunto simples mas top ;)
Algumas impressões:
- Pelos vídeos que vi/ouvi do CS69 limpo, ele tem médios tímidos, mas parece que foi feito para receber fuzz, drive, compressão e ficar com esse timbre legal que também aparece no seu vídeo.
- Com o fuzz, acho que você usou o Grand Quarter. Optou por ele na ponte para lembrar um captador da Tele ou nem foi por isso?
- Cada vez mais com vídeos seus, do LPG e outros, me convenço de que Fender, Gibson, PRS e outras guitas top são fetiches, em primeiro lugar. Tem história, tradição, magia mas não absolutamente necessárias. Timbre bom é experiência, estudo e principalmente, bom gosto. Essa Vintage tá linda e é nítido que fala muito bem.
- Por fim, o lance de usar o canal sujo do amp, pouca distorção e controlar a dinâmica no volume é antigo mas maravilhoso. Deixa de ser mero volume. Passa a ser um sensível controle de drive e ambiência que somado aos pedais, pelo menos para mim tem muita graça..
Parabéns, desculpe me estender e abraços!
Desculpo nada, excelente comentário e que faz a gente pensar que acertou em querer dividir as experiências com os colegas, amadores, profissas, iniciantes, malucos e apaixonados de plantão!
ExcluirPra mim é sempre legal poder ter um feedback e ampliar a discussão!
Então, sobre essas marcas históricas e icônicas que você mencionou, eu diria que a história é longa, com altos e baixos, mas eu não as abandonaria jamais...rs
Em relação à VINTAGE, sou fã confesso, mas venho temendo que as próximas levas não venham como as primeiras. As primeiras coisas que me chatearam foi ver problemas na regulagem dos trastes. O que impossibilita um ajuste ótimo e requer um serviço nada barato de um bom profissional...
Não esqueçamos das séries Classic Vibe da Squier onde acertaram muito!
Em relação aos pickups: Eu quase sempre concordei com meu amigo Aldo Bueno sobre se quiser um bom som de single Fender nunca use singles da Fender! Hahahaha
Deixando a palhaçada de lado eu concordo sim, os fazedores de captadores de boutique tem conseguido resultados mais interessantes que a maioria dos sets da Fender, e desses CS o que me comprou mesmo foi o 69, tanto pra meio como braço. Porém, como sempre, o que prevalece mesmo é a combinação de tudo!
O Grand Quarter pintou na minha mão pra eu testar e acabei gostando, ficou nela e ponto! Gordo e forte, sem perder o timbre de "piano" nos bordões. Mas é diferente dos de Telecaster, viu?
Logo devo mostrar uma guitarra Fender Classic Series 60's que tenho há algum tempo. Comprei-a de um rapaz que já tinha instalado um Twang Banger da Seymour Duncan e esse realmente é um que lembra seriamente um pickup de ponte das Telecasters. Ele até tinha substituído o TONE 2 da Strat por um Blend entre o captador da ponte e o do braço, mas optei por uma chave Push-Push pra fazer essa combinação e manter um TONE pro captador da ponte.
Mas é isso, fique sempre a vontade pra tecer seus comentários, quanto mais melhor.
Grande abraço!
Alex,
ResponderExcluirSó para nos situarmos, qualquer opinião minha é pura intuição e muito achismo. Para resumir, comecei a estudar música com pouca disciplina aos 30 anos, violão de nylon. Parei completamente no último ano por vários motivos entre eles casório, e estou voltando agora aos 35, recomeçando quase do zero, pelo que percebi.
Mas a paixão por timbres, guitarras, amps está na veia desde menino, então sempre que posso ouço e pesquiso tudo o que posso.
Sobre as marcas lendárias, citei fetiche e admito: sou um completo fetichista. Na minha opinião, antes ter dois equipamentos top do que 20 de custoXbenefício com upgrades. Mas tudo tem seu preço.
O problema que você citou com as levas de Vintage infelizmente é comum, aconteceu com outras marcas e não acabará. Se Fender e Gibson variam muito a qualidade dos produtos finais, nem se fale de guitarras asiáticas e afins.
Sei de músicos que usam as Classic Vibe na estrada pela qualidade, só li reclamações quanto ao braço super fino.
Algumas marcas de captadores boutique chegam mais próximos do timbre clássico de strato, tipo Klein, Don Mare, Lollar, e cobram alto por isso.
Dos Fender, os CS54 e o 69 parecem ser destacar, cada um com seu objetivo.
O Twang Banger é bem falado nos fóruns gringos mas poucos o conhecem no Brasil.
Sem contar que acho que o amp sim é o principal na entrega do timbre, e seu MGV7 com esse falante, está interessante também.
No aguardo das novidades,
Até!
Mas então, meu caro, acho que concordamos em vários pontos.
ExcluirTambém sou fetichento...rs. Poucos guitarristas não o são, na verdade.
Por outro lado, hoje em dia, depois de ter minha curiosidade em parte satisfeita sobre as grandes marcas através de instrumentos que possuo ou possuí e de amigos que me deixaram experimentar coisas mais "finas", como recentemente meu querido amigo Sidnei da loja GoldTop e do blog "Impressões Pessoais", me deixou usar duas maravilhosas peças em um par de clips pros blogs meu e dele, uma Gibson Menphis ES-335 e uma Fender Eric Johnson Signature. Excelentes guitarras! Eu realmente não sei se abandonaria as minhas tantas guitarrinhas safadas pra ter "apenas" essas duas. Não digo que sim nem que não...rs. Mas o ponto interessante de se poder ter vários instrumentos é a ampliação de possibilidades sonoras, diferentes abordagens do instrumento que de certa forma nos leva até a outras maneiras de se tocar guitarra!
Quando falei de captadores e de seus "enroladores" de boutique, também me referi aos menos conhecidos, inclusive aqui da terrinha brasilis, como o Eduardo Fullertone, o povo da Guitar Garage, o Sergio Rosar e a parte Custom do Erico Malagoli são alguns exemplos de cara! Certamente ainda existem outros também muito bons, mas que ainda não tivemos o prazer de conhecer...
Por favor, peço a vocês que tem a paciência de fazer comentários, que continuem sempre, pois tenho certeza que dessa maneira a discussão se amplie e poderemos dexar alguns pontos cada vez mais claros!
Abração!
Fala Alex,
ResponderExcluirCitei os "enroladores" gringos mas na minha opinião, o trabalho de todos os brasileiros que você citou tem mais valor, porque o produtos deles competem em qualidade e timbre com os importados, e em sua maioria não tiveram acesso a amostras e materiais vintage de verdade como os gringos tiveram e ainda tem. Foi tudo na raça aliado ao conhecimento e estudo.
Citei ter só 2 guitarras top, isso num mundo ideal. No nosso Brasil as coisas funcionam diferentes. E ter vários instrumentos com timbres diferentes, quando associados a todo o conjunto de hardware e a pegada do guitarrista, realmente ensina bastante, aumenta a percepção de separar o joio do trigo e enriquece.
É a famosa paleta de cores à mão, como você mesmo já disse.
Quanto a ES335 e strato EJ, são dois instrumentos de linha com qualidade Custom Shop. Nunca vi ou li ninguém que tenha as testado e acho ruim. Adiciona uma LP e uma tele e já era...kkkk
Sobre comentários, tenho que me controlar senão volta e meia encheria os posts com palpites e perguntas.
Mas vamo que vamo.
Abraço!
Pois então fique à vontade, os comentários, além de bem vindos, enriquecem e muito as matérias! Pois não há conclusões fechadas, são apenas caminhos percorridos...
ExcluirComo dizia a sábia boyband: "Não se reprima!"
Grande abraço!